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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O QUE TERREMOTO?

Luis Carlos Ourinho MG Pergunta:
Resposta:
Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, deatividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas.
Basicamente, sismo é a ocorrência de uma fratura subterrânea. As ondas elásticas geradas propagam-se por toda a Terra
Os grandes sismos são popularmente designados também pelo termo terremoto (português brasileiro) ou terramoto português europeu . No entanto, este último termo aplica-se apenas a esses grandes sismos, sendo que para os pequenos se costuma usar abalo sísmico ou tremor de terra. Se um sismo abala zonas não habitadas não é nunca usado o termo "terremoto" ou "terramoto", mesmo que seja de grande intensidade, enquanto que se abalar zonas habitadas, for sentido e tiver efeitos catastróficos é costume usar também o outro termo, fora de contextos científicos e da área de proteção civil.
A maior parte dos sismos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha pode variar de alguns centímetros até milhares de quilômetros, como é o caso da falha de Santo André na Califórnia, Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos ocorrem de 12 000 a 14 000 sismos anualmente (ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em registros históricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes sismos (terremotos ou terramotos, de 7,0 a 7,9 na escala de magnitude de momento) e um terremoto gigante (8 ou superior) podem ser esperados no período de um ano.
Entre os efeitos dos sismos estão a vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra,mudanças no eixo terrestre, além de efeitos deletérios em construções feitas pelo homem, resultando em perda de vidas, ferimentos e altos prejuízos financeiros e sociais (como o desabrigo de populações inteiras, facilitando a proliferação de doenças, fome, etc).
O sismo registado de mais alta magnitude de momento foi o Sismo de Valdivia ou "Grande Sismo do Chile" em 1960 que atingiu 9,5 na escala de magnitude de momento, seguido pelo sismo do Alasca de 1964 que atingiu 9,2 na mesma escala.

LEITORA DIÁRIA



, tenho 65 anos, moro em Limeira estado de São Paulo, e uma leitora assídua de seu Malvinas News. Lendo a sua coluna quero saber, sobre homossexualidade, resolvi te escrever para parabenizar lhe, pela sua maneira clara que o bordou o assunto. E para te dar um testemunho.

            Eu me casei cedo, aos 18 anos de idade, um casamento arranjado pelos meus pais. O meu esposo e meu primo em terceiro grau, quatro anos mais velho que eu; dois anos depois de casada, engravidei. No segundo mês de minha gravidez procurei um medico amigo de minha família, que me encaminhou para uma obstetra colega de trabalho.

Começamos o pré natal, em um exame de ultra-sonografia, á médica constatou que eu estava grávida de gêmeos. Era um casal de bebes, e a menina tinha síndrome de Down, e que se eu quisesse poderia interromper o nascimento dela, claro que eu não aceitei. Levei em frente, quando nasceram meus filhos, foi o dia mais feliz de manha vida.

Hoje eles têm 26 anos, a moça mesmo com o problema de Down é professora de música em uma ONG aqui da cidade, meu filho é normal e de saúde perfeita, formado engenharia naval, tem bom emprego e ótimo salário. Mais é gay assumido.

O pai dele não aceitou quando ele apareceu um dia em casa com um rapaz o apresentando como seu namorado, o meu esposo o colocou pra fora de casa. E disse que não era mais seu filho. Isso nos anos 90, em exame ele descobriu que tinha um grave problema de rins, e que precisava com urgência de um transplante.

Começou a saga desesperada por um doador, meu filho claro se ofereceu para doar, mais os exames constataram que o tipo sanguíneo dele era muito raro e que poderia ter uma rejeição do organismo.

Meu esposo passou 8 anos na fila de transplante à espera de um doador, até que um dia o namorado de meu filho foi velo no hospital, durante uma sessão de hemodiálise, mesmo com a rejeição de meu marido, ele fez o teste para saber se era compatível e para nossa surpresa deu tudo certo, e ele doou o rim para, meu marido.

Que depois o aceitou, e hoje somos uma família feliz, mesmo meu filho não tendo me dado uma nora. Mais me deu um casal de netos, e que por ironia do destino também um casal de gêmeos.

Olha os homossexuais são humanos como qualquer pessoa, tem sentimento, e são cidadãos como outro qualquer, não é a forma de se fazer amor que vai fazer melhor ou pior que ninguém. Precisamos acabar com essa história de dizer que são diferentes, e se tem alguma diferente dos Heterossexuais é por que são melhores. Mais sensíveis e muito mais amável.

A forma melhor de aceitar é velos como pessoa, que sente, sofre, e trabalha. E acima de tudo paga suas contas.   

GRANDE ABRAÇO...
E MAIS UMA VEZ MEUS PARABÉNS PELO SEU BELISSIMO TRABALHO.

. LIMEIRA - SP. 15/12/11

HOMOSSEXUALIDADE É UMA DOENÇA?

 
Existem várias teorias do porque uma pessoa é homossexual. Seja por influência ambiental, genética ou da formação psicológica; uma coisa é certa, ninguém opta por ser homossexual. Esse tipo de relação, de comportamento, é visto como uma orientação do desejo. Mas, esse conceito é recente, visto que somente em 1993, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma doença, passando a ser uma condição da personalidade humana. O Conselho Federal de Psicologia passou a condenar as promessas de tratamento para reverter a homossexualidade em 1999.
            Picazio (psicólogo e psicoterapeuta, 1998) acredita que todos nós recebemos desde cedo uma carga muito grande de valores negativos em relação a pessoas com orientação homossexual. Por isso, acabamos por repetir os comportamentos preconceituosos para rebater algo que não queremos para nós. Essa atitude dificulta  tanto a aceitação da diferença, como a própria auto-aceitação de uma pessoa que venha a se perceber homossexual, pois ela acredita que será condenada a ser tudo o que ouviu falar de ruim sobre os homossexuais.
            A aceitação de casais homossexuais masculinos sempre foi maior, como se identifica na mídia escrita ou falada. Ao contrário, o preconceito contra o homossexualismo feminino ainda persiste na sociedade e nas leis que ainda fecham os olhos para sua existência.
              Não temos a pretensão de determinar como se inicia a homossexualidade. Mais importante que procurar possíveis causas, é fazer com que a sociedade compreenda que a homossexualidade em si não é um mal e que o problema está na solidão,na exclusão e na marginalidade que ela provoca, nessas pessoas, pelo preconceito.
            Nesta época em que vivemos, podemos dizer que a homossexualidade feminina “saiu do armário” (expressão usada por gays e lésbicas quando assumem publicamente serem homossexuais).
            A expressão lesbianismo deriva de Lesbos, ilha grega que tinha como chefe uma poetisa de nome Safo. Esta musa escreveu versos que contam livremente o amor entre mulheres e,  seus amores e paixões por sua companheiras ( seis séculos atrás). Daí os nomes safismo, sáfico, safista e lesbismo, lesbianismo, lesbiana, lésbica, passarem a ser usados como sinônimos de tribadismo (ato de uma mulher “roçar” em outra).
            Longe de nós polemizarmos em relação à definição da homossexualidade feminina, pelo fato de que “ até hoje não surgiu nenhuma teoria que trate exclusivamente do lesbianismo. As mulheres homossexuais têm sido tratadas pelos pesquisadores como as mulheres são geralmente tratadas, como o segundo sexo.”(Charlotte Wolff).
            Em meio a vários conceitos, penso serem dois mais coerentes. Lílian Federmam (1981) define o amor sáfico: “O lesbianismo descreve uma relação na qual duas mulheres trocam fortes emoções e afetos entre si. O contato sexual pode ser parte dessa relação num maior ou menor grau, ou pode estar inteiramente ausente”. Nesta mesma perspectiva, o “Grupo de Luta pela Libertação Lesbiana” de Barcelona (1981) aprofundou: “A lésbica não persegue o prazer sexual como finalidade única na relação com a companheira. Seu objetivo não é tanto o sexo, senão a busca de níveis profundos de comunicação, esferas de ternura, carinho e delicadeza. A essência do amor lésbico é a pura sensibilidade. Poder-se-ia dizer que a lesbiana sexualiza a amizade, pois a relação sexual nasce de um sentimento profundo que tem sua base no amor.”
             Charlote Wolff bem definiu em seu livro – Amor entre mulheres – “...não é o homossexualismo, mas o homoemocionalismo, que constitui o centro e a própria essência do amor das mulheres entre si.”
            O assunto Homossexualismo Feminino vem sendo apresentado na mídia no sentido de que se discutam o assunto para uma regulamentação da união homossexual. É imprescindível dar cidadania ao homossexual. Alguns países já possuem legislações nesse sentido, que normatizam essas uniões. Na Holanda já existe até lei para adoção de crianças por casais homossexuais - a adoção pode ocorrer desde que os parceiros estejam casados ou vivendo juntos. No Brasil só temos um projeto da Deputada Marta Suplicy no sentido de legalizar essas uniões, mas que muito tem que percorrer até sair das mesas dos dirigentes.
            Um ponto importante a ser discutido e que fazem esses papéis não tramitarem é a existência dos preconceitos (mitos) mais relevantes:
1-     Gays e Lésbicas são heterossexuais frustrados – FALSO – os homossexuais são pessoas que simplesmente têm um desejo natural por pessoas do mesmo sexo e que ficarão frustrados se não viverem esse desejo.
2-     Homossexualidade é uma questão de opção – FALSO – a opção é a de viverem ou não, plenamente esse desejo, que é natural.
            Em relação então, à união homossexual, Giddens (1993) a define como “relacionamentos puros”- que se constituem basicamente pelo compromisso (sem união civil, vínculo financeiro, filhos) e pela confiança total enquanto se amam e querem viver juntos. A problemática é a de se ter como base na sociedade a “família nuclear” que é a heterossexual, onde teríamos um homem e uma mulher, e as outras formas de família, as reconstituídas (em grande número atualmente com base no aumento dos divórcios e segundos ou terceiros casamentos), as monoparentais (que geram filhos sem pais ou mães) e as homossexuais.
            Em relação à adoção de filhos por casais homossexuais femininos, Carolina J.Barboza e Tânia Aldrughi, fizeram uma pesquisa com três casais observando dados importantíssimos nesse processo:
1-     A definição sexual independe de a criação ter sido realizada por pais homo ou heterossexuais. Os pais homossexuais são mais atentos com os filhos no sentido de ensinarem a confiarem mais em si próprios e em seus sentidos, para que consigam não sofrer com os preconceitos que possivelmente venham a ser vítimas.
2-     O grande papel de uma mãe formadora de uma família alternativa é mostrar aos filhos o quanto está feliz levando a vida da maneira que leva, e que sua relação é saudável e positiva.
3-     Quanto mais natural for o comportamento dos pais em relação à família que estão inseridos, mais fácil para o filho compreender que pertence a algo natural e saudável.
4-     A família é uma referência que vai permanecer por toda a vida do indivíduo. É fundamental que essa referência seja internalizada como algo positivo.
5-     Não há divisão rígida de papéis entre as parceiras. O importante é a função dos pais como fomentadores da socialização da criança, de uma forma indiferenciada.
6-     O papel dos pais como facilitadores dos filhos para lidarem com o preconceito : o importante é a verdade e a aceitação.
           
            Essas famílias homossexuais femininas surgem numa tentativa de viver de maneira mais natural possível, não desejando mostrar que são iguais, pois não são, mas que poderão merecer respeito, direitos e espaço, pois se tratam apenas de diferentes formas de relações.
            Mas, ainda fica uma questão: será que esses casais não estariam buscando a adoção de crianças, para serem mais aceitos, menos fora dos padrões, por formarem uma família chamada “alternativa” ou “diferente” ? Há realmente o desejo de ter filhos ou esse desejo é produzido pela necessidade de enquadramento no padrão familiar?
            O assunto é delicado, amplo e necessita de discussões profissionais nos níveis sociais, legislativos e executivos para o crescimento da Sexualidade Humana Brasileira.